Um processo contínuo e dinâmico, as Oficinas de Avaliação realizadas ao término dos cursos também ficaram documentadas como ricos momentos de compartilhamento de saberes e experiências.
Participaram desses encontros, representantes de toda a comunidade envolvida nesse grande desafio: vice-direção de ensino da ENSP, coordenadores do curso, profissionais da EAD, representantes do Ministério da Saúde, orientadores de aprendizagem, tutores-docentes e alunos.
A 1ª Oficina de Avaliação do Programa de Formação em Vigilância do Óbito Materno, Infantil e Fetal e de Atuação em Comitês de Mortalidade ocorreu em abril de 2014 e teve como foco a discussão do material didático e do processo de ensino e aprendizagem. Ela contribuiu, efetivamente, para revisão e ajustes dos conteúdos e das atividades, tendo em vista as novas edições de cursos que seriam ofertadas em seguida.
A 2ª Oficina de Avaliação, realizada em abril de 2016, teve como principal objetivo conhecer e socializar a contribuição que o programa trouxe para os profissionais envolvidos nesse processo formativo.
Para os alunos egressos, a proposta era avaliar como o curso ajudou em sua qualificação profissional. Eles destacaram a qualidade do material, com uma revisão ampla e atualizada sobre os diversos temas que influenciam os eventos de mortalidade materna, infantil e fetal e a metodologia adotada nos estudos de casos, que permitiu a contextualização do conhecimento de forma prática. Outro ponto relevante foi a ênfase dada ao capítulo sobre a invisibilidade do óbito fetal.
Apesar de os estudos sobre óbitos fetais propiciarem valiosas informações sobre as condições de saúde e assistência durante o pré-natal e o parto, a maioria dos estudos publicados enfoca o componente neonatal precoce e raramente as informações relativas às perdas fetais são pesquisadas e analisadas separadamente das mortalidades perinatal. Ressalto ainda o conhecimento sobre o processo da vigilância e a relevância dada ao investimento nos sistemas de informação para garantir o monitoramento dos dados e análise oportuna para a definição das prioridades no planejamento das ações.
Marley Carvalho Feitosa Martins, 2016, aluno do curso de aperfeiçoamento
Muitos alunos destacaram a importância de sua participação no curso, não só pela oportunidade de apreenderem o conteúdo, mas também por terem vivenciado um importante espaço de reflexão.
O curso promoveu importantes reflexões referentes à forma como é conduzido o ato de gestar e nascer nos diferentes municípios do país, em especial no município de Cuiabá. Possibilitou ainda o desvelar de questões que estão intimamente relacionadas à qualidade de vida e de saúde da mulher e da criança, considerando fatores relevantes, como seu perfil socioeconômico, fragilidade das redes de serviços e fragmentação das ações e dos serviços de saúde, relacionados com o modo de fazer e cuidar.
Laura Cristina, 2016, aluna de Mato Grosso
Para os tutores-docentes, buscou-se promover uma reflexão crítica sobre o exercício da docência e a contribuição dessa experiência em sua prática pedagógica, por meio de exposição dialogada e roda de conversa com apresentação dos pôsteres, oportunizando um debate ampliado com os demais participantes.
Na equipe de tutores-docentes, foi possível identificar como principais contribuições:
acolhimento e construção de vínculos com os alunos
mediação pedagógica
avaliação processual da aprendizagem
uso das TIC – tecnologias digitais da informação e comunicação
interação e comunicação na educação a distância
(com o material didático, em diálogo com os autores, interação com a turma de alunos, interação com a OA e tutores na turma OT, etc.)
reflexão e apontamentos das contribuições que a experiência da docência trouxe para sua experiência profissional
Para os alunos, por sua vez, as principais contribuições foram:
criação de um novo comitê
qualificação das ações
qualificação dos sistemas de informação
oferta de capacitação/ educação permanente
aumento da cobertura das investigações de óbito
qualificação das investigações de óbito